A solidão, uma epidemia oculta!

Redatora com Futuro
21 março 2024

Já alguma vez te sentiste só? E, neste momento, sentes-te só? Então, acompanha-me neste artigo para te sentires melhor! 😉

 

Tod@s nós já nos sentimos sós, pelo menos uma vez na vida. De facto, estamos a passar por tempos difíceis. Desde a pandemia, estamos a enfrentar as guerras, a fome e a rápida evolução das novas tecnologias, que estão a dominar as nossas vidas. Não é difícil perceber que estas situações podem desencadear grandes perturbações na sociedade.

 

Mas estar sozinh@, não significa, necessariamente, viver na solidão...

 

Vou dar-te um exemplo concreto, a chegada do Homem à lua:

 

Neil Armstrong, Buzz Aldrin e Michael Collins foram os 3 astronautas que participaram na Missão Apollo 11. 🌕

 

Armstrong e Buzz foram, verdadeiramente, à lua, por isso, ficaram mais conhecidos. No entanto, enquanto os dois foram à lua, Collins esteve à espera deles.

 

Esteve à espera deles no Columbia, onde orbitava do outro lado da lua e foi uma das poucas pessoas que não teve a oportunidade de ouvir, em direto, a emblemática frase: "Um pequeno passo para o homem, um salto gigantesco para humanidade". 👣

 

Michael Collins esteve "verdadeiramente sozinho e absolutamente isolado de qualquer ser vivo", isto é, ele ficou fisicamente isolado do mundo.

 

Será que Collins se sentiu sozinho nesta situação? Não. Collins foi nesta expedição com uma missão: trazer os seus colegas de volta à Terra, e essa missão foi bem sucedida! 💪

 

Daqui se pode depreender que, quando estamos sozinh@s, mas existe um objetivo concreto por detrás dessa solidão, na verdade, não nos sentimos sós.

 

Há uma dicotomia entre "sentir solidão" e "estar sozinh@" - a língua inglesa é mais clara nisto:

"lonely" (solitári@) -> carácter definitivo (Podes estar numa multidão e sentir solidão).

"being alone" (estar sozinh@) -> ação provisória (Podes ir sozinh@ ao cinema e, ainda assim, não te sentires sozinh@).

 

Quando deixamos a televisão ligada, adotamos um animal de estimação ou compramos um livro, estamos sempre à procura de companhia para não nos sentimos sós, mesmo que, fisicamente, estejamos sozinh@s. 😊

 

“Vejamos a ideia de Schopenhauer. Fustigados pelo frio do inverno, vários porcos-espinhos aproximaram-se uns dos outros para receberem o calor corporal emanado de cada um. Porém, a partir de um certo ponto de proximidade, cada um começa a ser ferido pelos picos dos outros, levando-os a afastarem-se.

 

O problema é que, com esse afastamento, perdem o calor que haviam recebido pela proximidade, deixando-se de novo à mercê do frio, o que os leva novamente a aproximarem-se e de seguida a afastarem-se. É preciso encontrar a distância certa, tarefa que se revela difícil e que é variável de indivíduo para indivíduo.”

 

Este exemplo dos porcos espinhos do livro ‘’Uma Luz na Noite Escura’’ mostra que é necessário encontrar o ponto de equilíbrio nas relações humanas, ou seja, o narrador recorre a uma imagem para representar o sentimento da empatia, que se impõe à solidão. Além disso, esse ponto estratégico varia de indivíduo para indivíduo. 🤔

 

Por outras palavras, quando vires alguém a ‘’sentir solidão’’, sê empátic@! Sê a esperança na vida de alguém que precisa de ti, nem que seja através de um simples gesto.

 

Escrevi este artigo com base nos livros: “Uma Luz na Noite Escura”, de João Carlos Melo e “Sempre é uma Companhia”, de Manuel da Fonseca. Recomendo, vivamente, a sua leitura. 📚

 

Obrigada por teres chegado até aqui. Espero ter sido uma boa companhia!